23 agosto, 2011

Os mulatos

Nos arredores
Dos matos e senzalas
Vivem os bichos e o passado

Nas crenças dos homens
Toda memória na chibata é curta

Então façamos questão
De batucar nas ruas e nas poesias
A ginga dos nossos pretos


Prá entendê a mironga
Pegue um acendedô prá benze  
Um caruruto prá fuma
O alaká prá colori os rabo de saia

Si o sinhô tivesse vatapá, acarajé e moqueca pra comê
Os cabelo todo formoso e kizomba prá dança
E a tarde dos capoeira pra renascê e resisti

No terreiro de babá
Neto branco é que ia pedir benção (adisuá, em nosso faladô)
     
Nego é viajante e ensinadô do Brasil.


Por Bibi Serafim

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