Ontem fui ao cemitério para ver desvivamento de gente
Vi o segredo se esfregando no sofrimento ao ar livre
Promiscuidade derramada nas lágrimas que entupiram a terra de silêncio
Dizem que sou adoentado por falar essas bobagens
Inclinação aguda pelas coisas banais
Passo o dia engordando acontecimentos
Arruinando os bons modos das palavras
Já as crianças até desarrumam os olhos quando bolo essas estórias
Os adultos espicham pra alcançar o percurso de minhas lonjuras
Os adultos espicham pra alcançar o percurso de minhas lonjuras
Mas entendem mesmo é de histórias
Os fatos em si não são saborosos
Imagine se te conto sobre o enterro da tia avó de um amigo,
Mataria a poesia.
Por Bibi Serafim
Um comentário:
putz, que coisa hein?
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