25 outubro, 2010

¿Por qué te callas?

Não posso partilhar de uma democracia que não participo
Colocam-me no jogo e não passam a bola
Me dão o bolo.

Non So Più A Chi Credere

Voto é cobra de povo  
É a despromessa do direito com sorriso de veneno
Um doce pecado do dever
Festa de rato em madrugada adormecida
Um gozo doído para o alembramento do século que cruzou
Desflorando rosas murchas para quem almejava e morria por liberdade.

Dizem que Deus dá o frio conforme o cobertor...

Deus, esse brother andou cobrindo pouca gente nos últimos tempos
Esperteza de idéia guardada para ocasiões eleitoreiras
Numa maré que faz sobrar cobertor em missas e casas populares como se fosse mágica.
Em fala de politiquentos,
É a hora do rush.

Chega de eufemismos
“... eles não faltam com a verdade...”
Eles mentem.

E não é só uma questão de opinião
Votar em ninguém é compreender que no estômago da macropolítica
Comida boa não faz digestão.

Politizar,
Palavra que soa desentendida e escondida no cotidiano que quem tanto divulga
E debater deveria  estar até no café da manha feito pela esposa ao colo do marido rei
Imagine só se te bota pensando sobre democracia,
Deveria estar não só institucionalizado mas expresso 
No salário na saúde na educação e no prazer.

It's a Long Way 

Essa coisa de perceber que o ato do encontro com a vida é pulsar política
Não é tão simples como tirar todo peso do ombro e passar adiante
Poder, não se entrega
Constrói.

Num dia ou numa noite de revolta quando os pássaros da liberdade vierem beijar o destino, saberão que caridade e repressão é coisa que ainda apodrece o conceito de cidadania;

Eleição do jeito que é
Só perigas ser,
Não vinga.

Por Bibi Serafim


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