11 fevereiro, 2010

Bahia de Adjetivos (de sandália e sambando)



Lá onde os faróis alumiam as águas baianas
Estava eu ouvindo o mar por conchas
Ruindo tragédias em longas lonas de pedras rasgadas
Beijando o sol anoitecido
Esfaqueando olhares cristalinos para ela

Aqueles longos monólogos entardecendo areias
Mirando o morro de cento e sessenta degraus
Todos barrados por cachaça, maconha e futebol
Faziam parte da fritura social

Pensando bem,
Aquelas benditas caminhadas que coravam nossa pele
Sentia o mistério encardido nas goelas secas que estavam em pleno rumor para o furto
Estonteante como aquela dança fúnebre na vida pelô

Sim,
Estão saqueando crianças renascidas
Queimando motéis com putas encarceradas
Vendendo a pulseira, a mão e a cabeça

Louco,
Enquanto minha carne carnaval ressaca noites eternas
Embriago outra vez, vendo o encontro entre céu e mar

Ô dia,
Não me venha retirar a magika Bahia
Ela me assalta lágrimas nos olhos
E faz-me todo moreno, quente, feliz, sujo e vagabundo

Ao voltar,
Apenas lembro de você toda colorida
Serena, ardente e cantante.


Por Bibi Serafim

3 comentários:

Lari'Lissa Aisha disse...

Nossa vc escreve muiiiito. Pouutz.
Paz pra vc.

=*
Lari

Unknown disse...

Obrigado pelo elogio mulher; bacana você aparecer por aqui ;)

bibi serafim

besos

Larice disse...

céus! que coisa maravilhosa, a magia (macia) permanece.