O céu agora chora
Lágrimas ácidas.
Motosserras cortam a pureza divina
O petróleo afoga seres marinhos
A lei se justifica conversando na pólvora
Até que nada reste acelera os passos
Por um lucro insaciável
Enquanto a terra explode projetos lunares
Para essa fuga descartável
Adeus paraíso
Sangro contigo!
Ao olhar o verde das trincheiras, o amarelo colonial e o azul dos canhões
venho a lhes dizer que as visões mundanas tendem a mudar.
Geleiras se derretem o mar nos engole
A flor se apodrece na brisa industrial
Raro H²O potável, contaminados com a ganância Neandertal.
A fome por destruição
A sede por destruição seca a garganta do planeta terra
Indigesto, a água é sangue, o alimento é lixo nuclear.
Até que nada reste acelera os passos
por um lucro insaciável
Enquanto a terra explode projetos lunares
Para essa fuga descartável.
Adeus paraíso
Sangro contigo!
Por Diano Ilha/ Bibi serafim
OBs: primeira música do cd À Deriva
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