03 fevereiro, 2011

Ontem ao luar


O punho,

Aguardava a espada pacientemente atrás do continente

Mas a lança já havia rasgado o estômago dos astros

E vagarosamente atravessava o céu para além do universo

Dilacerando sensações que não pertenciam aos caprichos das palavras.



Degustar aquela aflição celeste

Sentir o cheiro do encontro

Ver as rochas permanecerem silenciosas

Ouvir a maré se acalmar

Tocar a delicadeza das areias

Deixavam meus olhos mais severos

Embora de modo algum,

Frios.



Todos alucinaram com o gozo daquela generosa noite

E no encanto do espetáculo visitamos a plenitude

Prazer, somos todos baianos. Aqui é Ulabacatchuba?



Não houve resposta,

Quem cala consente.



Com prazer, notamos que não só presenciávamos um ato erótico

Haveria de ter qualquer imaginação presente

E todas eram válidas,

Uma copulação magistral.



Então fizemos a façanha lisérgica

Eram danças e mergulhos e nudez e fogueiras e beijos e cantorias.

Juntos, acendemos ao luar nossa romântica despedida

Juntos, caminhamos sobre os orvalhos atlânticos

Colhemos nas nuvens a essência dos nossos néctares.



Por Bibi Serafim.
Obs.: Dedicada a todos os viajantes de ulabacatchuba, inclusive o Diogo presente todos os dias na lua. 

4 comentários:

Diogo Rezende disse...

porra, coisa linda hein meu irmão!

Anônimo disse...

Saudações Bibi,

estamos passando pra divulgar a Tertúlia Pão de Queijo. Um local de encontro da literatura/poesia mineira na internet.

Se achegue e seja bem-vindo!

Berna disse...

D+ Bibi!
Falou e disse!
Coisa linda!

Lala disse...

Que saudade
céu e mar.
nu
vem...