21 novembro, 2010

No canto do olho ao lado da porta


 
Esfaquear os braços de quem lhe acaricia
É tão necessário quanto esmurrar a face do pilantra
Saber reconhecer a clausura no âmago de sua cozinha
É tão sábio quanto empreitar a tapas o rosto paterno
Diria os verdadeiros cowboys dos caça-níqueis nos prostíbulos mineiros
Que o esconderijo dos homens puros está fedendo dinheiro roubado nas madrugadas cansadas e laboriosas.

Vejo que existe um largo desfecho em seus olhares compridos
Ouço de longe aquele teu grito com cheiro de copulação
Ainda vivendo preso nas inconsciências ponderadas
A quinta grandeza ainda não pronunciada.

Passeando sóbrio nos surtos habituais de quem se perdeu
Em dias e noites recolhidas por paredes silenciosas e portões inseguros
Ficarei enforcando ideais despedaçados no inferno urbano da modernidade
Degustarei em cada sinapse um lado aprumado de sua cabeça
Onde encontraremos notas e notas sobre a existência de algo melhor.


                                                                          Por Bibi Serafim

Um comentário:

Carol Martins disse...

E tomara que exista uma melodia tão inexplicável e desconexa, que dela a gente consiga fazer algo melhor.