29 setembro, 2009

Como aves do oceano

A garça subiu o vôo
E até queria comer macarrão
Daí não pôde porque macacos não comem fritas
O sapateiro mordeu o salto da Cinderela no dia que o pedreiro me ensinou filosofia
E as formiguinhas que bloquearam a avenida vegetal na greve dos gafanhotos
Divertiram enquanto a dona Amélia surtou numa crise de risos fora da estação
Mesmo assim, o dedo não estava em clima para costurar o vestido da neta
Então o adulto brincalhão tornou-se a criança mais idosa em pleno adolescer
E só porque eu queria ser artista, o agrado dos corujas deduraram minha sentença
Receitaram um bolo sem fermento
Para eu murchar ao cheirar aquela receita
“poesia e música”.

Por Bibi Serafim

Um comentário:

Amanda disse...

Loucura viva em nós
sem-pre.
Te amo