A bela não amada
Embriagou-se de vaidade
Por vontade, cheirava carnaval.
Em dias que adia a rotina alheia
Permanecendo o rouco grito que pulava na avenida
Em palavras não ditas
A ressaca rebateu-se por música.
Aglomeraram nas ruas paralelas
Uma montante estande, de cabeças molhadas
Tantas e quase nada.
O próspero futuro mórbido com dias iguais
Fazia daquele instante o retrato único
Rápido, remanescente e reluzente.
Entre flores, dondocas e meretrizes
Os cabelos suados, soados pelos garanhões
Cheiravam azaléia.
Cheiradas e fumados, dançavam bem
Felizes, bêbadas, lúcidos e desvairados
Sentiam as hipocondríacas donzelas e os ríspidos meninos homens
Estremecerem as juntas articuladas.
A estética fora decorada pela beleza não profunda
Após minutos, tudo se sujou dos pés a cabeça
Fingido de bêbado coloquei o boné,
Fechei os olhos
Retraí a guarda
E por fim, eram meus.
Os gritos mudos.
Por Bibi Serafim
Embriagou-se de vaidade
Por vontade, cheirava carnaval.
Em dias que adia a rotina alheia
Permanecendo o rouco grito que pulava na avenida
Em palavras não ditas
A ressaca rebateu-se por música.
Aglomeraram nas ruas paralelas
Uma montante estande, de cabeças molhadas
Tantas e quase nada.
O próspero futuro mórbido com dias iguais
Fazia daquele instante o retrato único
Rápido, remanescente e reluzente.
Entre flores, dondocas e meretrizes
Os cabelos suados, soados pelos garanhões
Cheiravam azaléia.
Cheiradas e fumados, dançavam bem
Felizes, bêbadas, lúcidos e desvairados
Sentiam as hipocondríacas donzelas e os ríspidos meninos homens
Estremecerem as juntas articuladas.
A estética fora decorada pela beleza não profunda
Após minutos, tudo se sujou dos pés a cabeça
Fingido de bêbado coloquei o boné,
Fechei os olhos
Retraí a guarda
E por fim, eram meus.
Os gritos mudos.
Por Bibi Serafim
Nenhum comentário:
Postar um comentário